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mas o que duraria mais , aquilo que morria em penitência ou aquele novo recanto de reticências verdadeiras que se impunham tortas , vesgas , maiores que a fatalidade de suas freqüências se desviando tranqüilamente para um novo ponto de aniquilamento . aquele , dos entardeceres trancados . das ceias sofisticadas e sem assunto . das trepadas perfeitas e pesarosas . quem saberia lhes dizer como vencer esses estardalhaços de noções novas e repentinas . quem poderia salvá-los deles mesmos . desses seus novos cortes escondidos . como poderiam as cicatrizes desses novos sentimentos esconder-se por tanto tempo como eles mesmo desejavam . para sempre . como o desejo transparente e ingênuo dos amantes tênues . que buscam a tranqüilidade tropeçando no meio obscuro das possibilidades adversas .

( Suzana Cano )

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