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RICARDO III – William Shakespeare – Tradução: Barbara Heliodora –Editora Nova Fronteira

Aos poucos vou lendo a obra do bardo inglês…  e quando tiver lido grande parte dela pretendo ler “Shakespeare: a invenção do humano” de Harold Bloom, livro no qual o critico literário afirma que o comportamento humano atual é derivado da obra de Shakespeare, tese bastante interessante.

Nesta obra, temos a história de Ricardo III, o último rei  da dinastia Platangeneta, que foi derrotado por Henrique VII, o primeiro rei da dinastia Tudor. Henrique VII , pai do lendário Henrique VIII era também avô da Elisabeth I, que encomendou a peça a Shakespeare. Não é a toa que Ricardo III é retratado da pior forma: corcunda, mau caráter e assassino:  com um braço atrofiado e com um caráter também deformado, ele não mede esforços para chegar ao poder. 

Na verdade Ricardo III nunca foi corcunda… (especialistas analisaram eu esqueleto e verificaram que ele tinha uma escoliose avançada) e muito provavelmente a obra de Shakespeare foi baseada nas fake news existentes nas crônicas de Halle,  Holinshed e na biografia suspeita escrita por Thomas More.

Independente da veracidade histórica, Ricardo III  é uma grande peça, mistura tragédia, comédia, e até um pouco de romance (a cantada que Ricardo III dá em Anne Neville, afirmando que matara o seu marido e o seu sogro por ciúmes e propondo um casamento, é uma obra-prima da retórica do mau-caratismo).

Leiam, um grande autor como Shakespeare, sempre irá nos surpeender!!!

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