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{ Monthly Archives } maio 2023

O FATO E A COISA – Torquato Neto – Editora Fósforo

1982, dez anos após a morte de Torquato Neto, a editora Max Limonad publica a segunda edição de “Os Últimos Dias de Paupéria” uma coletânea com o poemas deste autor, acrescida dos artigos que ele havia publicado em sua coluna Geléia Geral no jornal Última Hora / Show comemorativo no anfiteatro da Faculdade de Filosofia e Letras da USP com a presença de Jards, Macalé, Jorge Mautner, Sexo dos Anjos, etc. / O então estudante Milton Carlos Silvério escreve a giz na parede da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP (no estúdio 2 em frente a rampa), a crônica “Pessoal Intrasferível” que termina assim: “E fique sabendo: quem não se arrisca não pode berrar. Citação: leve um homem e um boi ao matadouro. O que berrar mais na hora do perigo é o homem, nem que seja o boi. Adeusão.”

Desde esta época quando ingressei  na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP e acompanhei os fato retromencionados passei a me interessar na obra deste autor, adquirindo além da edicão da Max Limonad, os dois volumes Torquatália, “Geléia Geral” e “Do Lado de Dentro” da Editora Rocco (organizado por Paulo Roberto Pires), “Torquato Neto ou A Carne Seca é Servida” Editora Zodíaco (organizado por Kenard Kruel), além da biografia “Pra Mim Chega” escrita por Toninho Vaz – Editora Casa Amarela. Vi também os filmes super 8 em que Torquato Neto atuou (“Nosferato no Brasil” e “O Segredo da Múmia”) além de um super 8 dirigido por ele: “O Terror da Vermelha”…

Se você nunca leu nada do Torquato, procure ler algum dos livros acima e então depois, leia “O Fato e a Coisa”…  Neste livro podemos observar o processo de formação da poesia deste grande autor: poesia concreta e idéias pré-tropicalistas misturadas a uma poesia fortemente influenciada por Carlos Drummond de Andrade e em menos grau por Mário Faustino…

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OPAL MARTINI

2 doses de gin

1 dose de Cointreau

2 doses de suco de laranja

Bata tudo em uma coqueteleira com gelo e sirva em uma taça previamente gelada. Decore com um twist de laranja.

Aproveitei o início da época da laranja champagne para fazer um coquetel com este tipo de laranja difícil de encontrar… Ficou bom, mas com apenas meia dose de Cointreau fica melhor.

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Ganhei um jogo de taças de coquetel de minha amiga Anna Martha Villares, e para comemorar, nada como um Dry Martini feito com gin artesanal de San Martin de Los Andes, chamado Puente Blanco, por sinal magnífico!

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A POESIA DE JACOBO FLIJMAN

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GOTA DE SANGUE

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DIA DAS MÃES

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EL CUADERNO DE TAPAS AZULES

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NOITE PATAGÔNICA

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PAULO LEMINSKY O BANDIDO QUE SABIA LATIM – Toninho Vaz – Editora Tordesilhas

Em meio as minhas leituras, sempre intercalo biografias… do Toninho Vaz já havia lido as biografias de Torquato Neto (Pra Mim Chega) e Luiz Melodia (Meu Nome é Ébano)… agora li esta do Paulo Leminsky. O curioso deste genial escritor biografado é que ele faz o caminhos inverso, ao invés de começar com uma linguagem simples e ir sofisticando, Leminsky fez o contrário: Catatau, seu livro inicial é de uma complexidade terrível, (semelhante a Finnegans Wake de James Joyce, Os Cantos de Erza Pound ou K de Velimir Khlébnokov)… ao longo de sua vida, ele simplifica a linguagem, caminhado para uma escrita singela e sintética , seja na poesia seja nas biografias (confesso que não li ainda seu romance “Agora é Que São Elas” mas numa folheada é possível perceber que é algo bem mais simples que Catatau). 

Para mim a autocrítica que Leminsky fez do Catatau (*) é um aula de literatura, já vale a biografia…  Quem acompanhou a imprensa nos anos oitenta sabe a importância que o biografado tinha… seria interessante se publicassem um livro com as crônicas que ele fez no jornal Folha de São Paulo, como a editora Companhia das Letras fez com sua poesia (Toda Poesia= e com as biografias que ele escreveu sobre Cruz e Sousa, Bashô, Jesus Cristo e Trótski (Vida). 

Porém não é uma biografia fácil de ler… nem tudo são flores nas vidas dos escritores…

(*) O Catatau procura gerar a informação absoluta, de frase para frase, de palavra para palavra: o inesperado é sua norma máxima. A sequência das frases de um texto coloca uma lógica. Mas nessa busca de informação absoluta, sempre novidade, novidade sempre, por uma reversão de expectiativa, ele produz a informação nula: a redundância. Se você sabe que só vem novidade, novidades vêm, e deixa de ser novidade. O Catatau é, ao mesmo tempo, o texto mais informativo e, por isso mesmo, o texto de maior redundância. 0=0. Tese de base da Teoria da Informação. A informação máxima coincide coma redundância máxima. O Catatau não diz isso. Ele é, exatamente, isso.

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