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Aproveitei o feriadão para dar uma passada na Bienal …
Chegando lá fui logo ao terceiro andar, pois segundo uma teoria de minha autoria , elaborada após visitar diversas bienais , “o melhor está sempre no andar superior” , como se os curadores hierarquizassem os artistas segundo os andares … não é que quebrei a cara … a única coisa boa que vi foi uma séria de desenhos feitos em caneta esferográfica “Cicloviaérea” do carioca Jarbas Lopes . No segundo andar um exemplo de que a crítica social pode ser contemplada sem prejuízo da qualidade artística … em “El Toque Criollo” o colombiano Raimond Chavez faz uma crítica de diversos apectos de nosso continente através de capas bregas de LPs , veja algumas capas aqui … outras coisas interessantes neste piso foram o painel de fotos de banquinhas de comidas polulares brasileiras , fotografadas pelo catalão Antoni Miranda na instalação “Sabores y Lenguas”, os retratos pop-art do sul-africano Mustafa Maluka e a projeção simultânea de filmes ‘Triangle Canda” dos canadenses Michael Snow e Carl Brown que lembra aqueles filmes experimentais norte americanos da década de 50.
No primeiro andar de interessante mesmo há um mural pop-art da mexicana Minerva Cuevas ‘Terra Primitiva” e no térreo os filmes que Ivan Cardoso realizou sobre Hélio Oiticica, já comentados aqui dia 30/08/2006.
Ao sair , lembrei-me do poema de Eliot “Terra Devastada” devido ao enorme número de instalações mostrando mazelas & misérias … Nada contra mensagens sociais ou questionamentos filosóficos em obras de arte , só que há maneiras e maneiras de passar uma mensagem … se o meio pelo qual a mensagem é veiculada não for aprazível , então é melhor não procurar pela mensagem dentro da obra de arte , é melhor buscá-la em algum livro …
Para uma Bienal é muito pouco … diante disso só me restou ir para o restaurante português que existe em frente de casa e comer um bacalhau com grão-de-bico e beber uma cerveja …

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