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COQUEIRO VELHO

Por fatores diversos , cuja explicação aqui , seria demasiadamente extensa , Johann Feyenoord partiu da Holanda em direção da Argentina , indo residir em Buenos Aires no Bairro de Palermo , mais precisamente na Calle Laprida perto da esquina com a Calle Arenales . Veterinário competente , logo arrumou emprego no Hipódromo de San Isidro , porém o turfe não era a sua paixão … gostava mesmo é de futebol .

Tímido , tinha também uma frustração disfarçada de não ter sido farmacêutico , pois tinha a mania de imaginar combinações de medicamentos , sendo que a mistura que ele julgava que faria um sucesso enorme , seria a mistura de um anti-depressivo com um laxante .

Uma desilusão amorosa com uma bancária que morava em Belgrano e a frustração de ter assistido no Monumental de Nunez o escrete de Neeskens , Rep , Rensenbrink e dos irmãos Van der Kerkof ser derrotado na final do Mundial de 1978 , fizeram com que mudasse para o Brasil , mais precisamente para a cidade de Touros , no Rio Grande do Norte , onde foi tentar a criação de lagostas em cativeiro .

O antigo interesse pelo futebol , foi logo substituído pela pesquisa musicas antigas de sua mais nova pátria . De tudo o que ouviu , Johann Feyenoord se entusiasmou mesmo , foi por “Coqueiro Velho” (José Marcílio/Fernando Martinez Filho) na gravação com Orlando Silva . Gostou tanto desta música que da última vez que o encontrei , ele disse que já tinha determinado que , quando morresse , tivesse a praia como tumba e que sobre o local que fosse enterrado deveria ser plantado um coqueiro .

Não sei se este ilustre cidadão está vivo , mas se daqui a muitos anos eu estiver na supracitada cidade nordestina , prestarei bastante atenção na fisionomia dos coqueiros .

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