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SOBRE LEITURAS

Depois de ler “A Sombra do Vulcão” e “Cáustico Lunar” de Malcolm Lowry e “O Sonho dos Heróis” de Adolfo Bioy Casares, estou lendo “Kind of Blue – A Histórica Obra Prima de Miles Davis” de Ashley Kahn (tradução Patrícia de Cia e Marcelo Orozco), que fala sobre o genial disco que Miles gravou com Bill Evans, Wynton Kelly, John Contrane, Cannonball Adderley, Paul Chambers e Jimmy Cobb … fiquem com o texto da capa do LP, escrito por Bill Evans:

“Existe uma arte visual japonesa na qual o artista é forçado a ser espontâneo. Ele tem de pintar sobre um fino pergaminho esticado usando um pincel especial e tinta a água na cor preta, de tal forma que qualquer pincelada afetada ou suspensa pode destruir o traço ou rasgar o pergaminho. Correções ou mudanças são impossíveis. Esses artistas têm que praticar uma disciplina particular, de permitir à idéia expressar-se por si só em comunicação com as suas mãos, de uma maneira direta tal que a deliberação não possa interferir.
As imagens resultantes carecem de composição complexa e das texturas da pintura comum, mas diz-se que pessoas de visão irão encontrar algo capturado que escapa à explicação.
Esta convicção de que a ação direta é a reflexão mais plena de significado, creio eu, instigou a evolução de disciplinas extremamente severas e ímpares dos músicos de jazz ou improvisadores.”

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