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QUEM SABE, SABE

Fomos almoçar na casa de uma família amiga, quando eu e minha esposa íamos tocar a campainha, estaciona um taxi em frente a residência dos anfitriões… Quem será? penso eu… e eis que sai do taxi minha ex-professora da faculdade, uma das maiores gravadoras de Pindorama (e por que não do planeta?): Renina Katz…
Foi um reencontro emocionante, confesso que me deu um frio na espinha pois na residência da família amiga havia um quadro de Renina sobre a lareira e duas obras minhas sobre outras paredes, uma destas um grande painel… E agora??? pensei, (lembrando-me que Renina além de gravura, sabe tudo de painéis, tanto que fez aqueles belíssimos painéis nas estações Sé e Jabaquara do metrô paulistano)… acho que ela gostou das minhas coisas… conversamos sobre gramatura de papéis, sobre tintas, sobre o lamentável episódio do incêncio que destruiu quase todo o acervo de Hélio Oiticica, e lembrei-lhe sobre um diálogo que tive com ela que me marcou para sempre…
Eu lhe mostrara um trabalho de programação visual e havia alguns borrões pequeninos no papel.. Renina com seu olhar incisivo comentou sobre as imperfeições… eu quardava uma frase na manga do colete: – “Mas a sujeira também é um elemento artístico???” disse me achando um geniozinho… quando então Renina calmamente respondeu: – “Mas você não está cursando uma faculdade de arte, e sim uma faculdade de arquitetura…”
Esta foi uma das maiores lições que tive…

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