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Ontem fez noventa anos do nascimento de Vinícius de Moraes …poderia ter colocado um soneto dele que falasse da beleza da mulher ou uma letra de música sobre uma tarde a beira-mar … preferi entretanto mostar seu lado joyceno , em que misturando o nosso idioma com a lingua inglesa , criou esta pérola chamada “A Última Elegia ( or Roofs of Chelsea )” , em 1939 , quando morava na ilha … aqui vai um trecho :

“Ô darling, acorda, give me thy eyes of brown, vamos fugir

Para a Inglaterra?

‘… escrevi um soneto…

… escrevi uma carta…’

Ô darling, vamos fugir para a Inglaterra?

‘… que irão pensar

Os quatro cavaleiros do Apocalipse…’

… escrevi uma ode…”

Ô darling!

Ô PAVEMENTS!

Ô roofs de Chelsea!

Encantados roofs, noble pavements, cheerful pubs, delicatessen

Crumpets, a glass of bitter, cap and gown… – don’t cry, don’t cry!

Nothing is lost, I’ll come again, next week, I promise thee…

Be still, don’t cry…

… don’t cry

… don’t cry

RESOUND

Ye pavements!

– até que a morte nos separe –

ó brisas do Tâmisa, farfalhai!

Ó telhados de Chelsea,

amanhecei!”

( Vinícius de Moraes )

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