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Já saiu a nova TUDA leiam!!!

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Já saiu a mais nova TUDA leiam !!! Além da capa. postei um mini-conto antigo (com a respectiva ilustração)…

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Saiu a mais nova TUDA!!! Leiam!!!

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Já saiu a nova TUDA de outubro, desta vez a ênfase vai para Portugal… Além das minhas humildes contribuições tem a poesia de Arnaldo Xavier, a crônica de Roniwalter Jatobá, e também tem a pintura de Nadir Afonso, e Almada Negreiros, e muitos mais…

Aliás por falar em Almada Negreiros, vai a citação:

“No suplemento literário do Times do dia 12 de janeiro de 1933 encontrei numa crítica a um livro intitulado As artes visuais e na qual estava a única definição de Arte que até hoje me satisfaz :’ A Arte não é um aspecto da vida ; é o todo da vida visto debaixo de um aspecto’ ”

( Almada Negreiros )

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Já saiu a nova TUDA Confiram!!!

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Já saiu a nova TUDA: Neste número, além da crônica em homenagem a meu amigo Paulo Vitor (publicada abaixo), TUDA mostra a arte iraniana: ilustrações de Shahram Karimi e de Ruzbihan Muhammad al-Tab’i al-Shirazi, as pinturas caligráficas de Mohammad Ehsaei, a pintura de Shahpari Behzadi e a poesia de Sohrab Sepehri… tem também a tradução de Guilherme de Almeida para a poesia O Albatroz de Charles Baudelaire, aliás umas das minhas preferidas e a única que sei declamar versos decor, em meu francês ruminante… tem também é claro a poesia de Arnaldo Xavier e muito mais… Leiam!!!

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Já saiu a mais nova TUDA. Tem poesia de Arnaldo Xavier, e muitas outras coisas boas, mas o destaque é uma versão para a lingua inglesa da letra da canção “Márginália II” escrita por Torquato Neto e musicada por Gilberto Gil:

MARGINALIA II

I, Brazilian, confess
My fault, my sin
My desperate dream
My top-secret file
My afflictedness

I, Brazilian, confess
My fault, my exile
The everyday demagogy
Tropical melancholy
Dark loneliness

Here is the end of the world
Here is the end of the world
Here is the end of the world

Here, the Third World
Asks the blessing, pray the psalm
Among waterfalls, palm
Mango and banana trees
By the linnet’s singing

Here, my panic and glory
Here, my salvation and doom
I well know my history
It starts at the full moon
And it ends before the ending

Here is the end of the world
Here is the end of the world
Here is the end of the world

My land has palm trees
Where the wind spells the breath
of hunger, fear and more
Especially death
Olele, Lala

The bomb explodes outside
And now, what I’ll fear?
Oh, oui, we have bananas
Even to give and sell
Olele, Lala

Here is the end of the world
Here is the end of the world
Here is the end of the world

MARGINÁLIA II

Eu, brasileiro, confesso
Minha culpa, meu pecado
Meu sonho desesperado
Meu bem guardado segredo
Minha aflição

Eu, brasileiro, confesso
Minha culpa, meu degredo
Pão seco de cada dia
Tropical melancolia
Negra solidão

Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo

Aqui, o Terceiro Mundo
Pede a bênção e vai dormir
Entre cascatas, palmeiras
Araçás e bananeiras
Ao canto da juriti

Aqui, meu pânico e glória
Aqui, meu laço e cadeia
Conheço bem minha história
Começa na lua cheia
E termina antes do fim

Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo

Minha terra tem palmeiras
Onde sopra o vento forte
Da fome, do medo e muito
Principalmente da morte
Olelê, lalá

A bomba explode lá fora
E agora, o que vou temer?
Oh, yes, nós temos banana
até mesmo pra dar e vender
Olelê, lalá

Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo

(Torquato Neto – versão: Eduardo Miranda)

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Saiu a mais nova TUDA, ao acessar a página tive uma triste notícia: o falecimento do poeta Souzalopes, motivo pelo qual o editor da revista eletrônica, preferiu utilizar uma capa antiga em tons fúnebres em vez da capa nova acima mostrada… Além da homenagem ao Souzalopes, há a poesia de Arnaldo Xavier, Sophia de Mello Breyner Andresen, de Mário de Sá Carneiro, de Hamilton Faria, de Marina Alexiou, há o conto de Roniwalter Jatobá, o ensaio de Ronald Augusto e muito mais… leiam!!!

Fica aqui um poema do Souzalopes:

sem querer cairá a fruta ou é porque
amor orbita grave e leva o mundo e traz
o corpo onde o outro e muda o mar e por
amor te bebo água mudo semeio sêmem já
na fruta do teu ventre nua e por que é
que voa ave e nave é amor que faz
a fala do homem aqui a fruta cai

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Já saiu a nova TUDA Leiam!!!

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QUEM PODERIA IMAGINAR QUE NAQUELE CASARÃO…

Adamastor Orlando e sua esposa Ofélia Alberica adoraram o café da manhã daquele hotel em Puerto Varas, no sul do Chile… ele adorara que servissem todas as manhãs, uma jarra de suco de toranja (*), ela adorava uma fruta local chamada “papaya”, mas que na verdade parecia um mistura de mamão com maracujá… chegaram àquela cidade, no final do dia anterior… O tempo estava nublado, resolveram então que o melhor era não fazer nenhum passeio motorizado pelos arredores… poderiam comer algo, beber vinho e caminhar pelas redondezas…

Ofélia Alberica sugeriu comer no restaurante do hotel, afinal no dia anterior almoçaram em um restaurante bastante exótico em Ancud, na ilha de Chiloé… comeram Curanto, um prato típico local em que mariscos, e pedaços de carne de frango e de porco são cozidos com folhas de uma planta chamada “pangue”, até que gostou, mas achou o sabor um tanto quanto forte…

Adamastor Orlando tinha preconceito com comida de hotel e preferia sair para procurar um lugar intuitivamente, como acontecera no dia anterior, quando sem querer se deparou com o retro-mencionado restaurante, onde entre a exótica decoração, conseguiu fotografar uma bem-humorada placa: “Aqui se come mal, pero al frente se come peor.”… fotografou também o tal do prato típico e depois comeu quase tudo (com exceção aos pedaços de frango que considerou suspeitos).

Mas naquele dia, resolveram comer no hotel … após a refeição, o nosso protagonista se surpeendeu pois além da “comida-de-hotel” estar excelente, naquela viagem haviam passado pela Argentina, mas foi justamente no Chile que comeram a melhor carne… “_- É preciso desmistificar as coisas –argumentava para sua cara-metade – vejam o caso do Bar Léo…

Depois do farto almoço, foram caminhar pela cidade … primeiramente visitaram a catedral, depois seguindo pela Calle Verbo Divino, sem querer se depararam com um antigo bairro alemão nos arredores da Calle San Ignacio … antigas casas de madeira, muitas mal-conservadas, mas sempre com um jardim arrumado, com cortinas, e muitas vezes com algumas belas flores… no início os nossos protagonistas ficaram deslumbrados com o ambiente, porém ao caminharem em direção a Calle Del Salvador, Calle Otto Bader, Calle Chrstel Fresse e arredores, reparavam que as pessoas entravam apressadamente paras as casas assim que os avistavam, Ofélia Alberica dizia para Adamastor Orlando que não estava gostando do ambiente, que estava assustada pois aquelas casas pareciam estar mal-assombradas, com olhinhos sorrateiros a prescurtar os passos dos transeuntes … O nosso protagonista também achava a mesma coisa e queria retornar ao centro da cidade, quando um jovem os interrompeu perguntando se eram brasileiros… ele falava português quase sem sotaque, disse que se chamava Fantito Gasparez e que havia morado no Brasil alguns anos e também que gostava de conversar na nossa lingua… disse ainda que morava na casa da esquina em frente… e convidou-os para um chá…

O casal, a princípio titubeou, porém sem jeito, resolveu aceitar o convite: era uma casa antiga, por fora parecia estar mal-assombrada, mas por dentro era magnífica: móveis da década de setenta bem conservados (a maioria de fórmica), um toca-discos antigo, luminárias de acrílico, caixotes com discos de vinil, cartazes dos filmes “Terra Em Transe” de Glauber Rocha e “O Bandido da Luz Vermelha” de Rogério Sganzerla…

Adamastor Orlando estranhou alguém possuir estes cartazes sobre antigos filmes brasileiros em um local tão distante de Pindorama, e enquanto o anfitrião preparava o chá o nosso protagonista pediu permissão para olhar os livros e os discos de vinil… permissão concedida, Adamastor reparou na existência de um exemplar original de “Panamérica” de José Agripino de Paula, outro de “Deus da Chuva e da Morte” de Jorge Mautner…. reparou também em alguns Long Plays da época da tropicália: discos de Caetano, Gil, Gal e Mutantes…

O chá é servido …. Fantito Gasparez contou a sua estória… disse que passou bons anos no Brasil e que retornou ao Chile no início de setenta e três… depois a narrativa ficou um pouco confusa…

O casal protagonista disse que precisava ir embora, pois temia estar sendo inconveniente… despediram-se… o anfitrião sorridente os acompanhou até a porta…

Quando estavam a cerca de cinquenta metros de distância, Adamastor Orlando disse que tinha algo errado naquela casa e resolveu voltar, Ofélia Alberica disse que era tudo imaginação dele, que seria melhor não perder tempo e seguir logo para o hotel…. ele porém retornou à casa de Fanturito Gasparez e sorrateiramente espiou pela fresta da janela…

Adamastor não acreditou no que viu: a casa estava vazia e parecia estar a muito tempo abandonada.

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